sexta-feira, 23 de julho de 2010

sou uma galinha cega
naum vejo o mundo
somente sombras
escuridão
o que faço de minha memórias?
ciscando, catando piolho, catando bagas de milho
todas essas são memórias tão fugazes
igual a um galinha que foge das envestidas do Galo
Sou escuridão, sou sombras
e de tudo isso o que me sobra?
esperar o mundo acabar? se derreter? se bombardear?
sou uma galinha cega
naum vejo o mundo
somente sombras
qual meu desejo final?
quero ver a luz
somente como a vi quando ainda enchergava
se é que eu enxergava antes
...................................

2 comentários:

  1. Putz...suas poesias sempre me levam a um lugar no qual eu só vou quando a poesia é realemnte muito boa: imaginação...eu viajei agora...lembrei até de um conto da Clarice Lispctor: O Ovo e a Galinha, pois para a autora O ovo é a própria existência, ao passo que a galinha é nossa visão de vida interior; ela só existe por causa do ovo, então Sem o ovo, a galinha não tem sentido. “Ainda não se achou a forma mais adequada para uma galinha.(...) O seu destino é o ovo, a sua vida pessoal não nos interessa.” Parabéns!^^

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