domingo, 13 de junho de 2010

preconceito e estigma

Aquilo que um grupo estabelece como atributos faz com que sejam reconhecidos membros que são classificados conforme esses mesmos atributos. Com essa mesma categorização, as pessoas podem ser ou não pertecentes a determinados agrupamentos dentro da atribuição de características. Aqueles com algum traço distinto de uma categoria são estigmatizados. Esse sujeitos estigmatizados buscam relacionar-se com pessoas que apresentam os mesmos atributos e são excluídos de agrupamentos com outros atributos. O que isso significa? Significa que os estigmatizados são reconhecidos por outros sujeitos através de seus traços distintivos. O que resta para os sujeitos estigmatizados? ou buscar outros sujeitos com o mesmo estigma ou se isolar das demais pessoas de outra categoria, consideram que o seu traço distintivo não lhes causa problemas ou utilizar uma série de atributos para se afirmar, obter algum incentivo e conquistar direitos. Na prática, observo práticas excludentes e estigmatizantes por parte das pessoas e tenho que conviver com as pessoas que simpatizam com minha deficiência ou que apresentam minha características ou traços distintivos. Convivo com diversas pessoas que possuem traços distintivos. Outro dia estava em um ambiente em que a minha cadeira de rodas foi facilmente notada e que fui considerado como sendo um sujeito pertecente a outra categoria, o do "cadeirante e corredor da cadeira elétrica".

sábado, 12 de junho de 2010

rede de relações

Pensei em escrever algo que se relaciona ao momento em que me encontro. mas como não consegui pensar em algo melhor para dizer, escrevo o que vem a minha mente. primeiro quero dizer o quanto estou me sentindo sozinho nessa grande rede de relações humanas. vejo muita gente, mas não vejo nenhuma pessoa conhecida. todos se distanciam de mim, todos se afastam de mim. mas por que isso acontece? respostas são mil, mas soluções nenhuma. então o que faço? busco repostas em meu inconsciente? ou nos meus comportamentos? não sei como responder tais questionamentos. outro dia pedi para namorar uma moça linda e cadeirante, mas recebi meu primeiro não. mas o que eu fiz? nada, nada e nada. sufoquei-me em minhas angústias. mas puxa, que mancada eu cometi. meu Deus, a minha chance ainda não chegou. até o momento não tenha dó nem compaixão por minha pessoa. escrevi desta forma, pois sinto-me perdido nessa rede de relações que é ser um humano comum.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

tempo de revelação

o tempo nos proporciona sairmos de nossa condição de seres finitos, perecíveis e vulneráveis.
o tempo nos possibilita vivenciar momentos de transcendência.
saimos de nossa humana condição de mortalidade e de finitude.
saimos de nosso próprio ser.
voamos por grandes universos de possibilidades e de vidas.
voamos pela imensidão de potencialidades e de existências.
o tempo é generoso e, ao mesmo tempo, perverso e destrutivo.
nos arranca nossa juventude e nossa força e poder.
ohhhhhhhhhhhh juventude
como pode fazer isso comigo?
arrancar minha eternidade, o nosso eterno momento de poder.
ohhhhhhhhhhhh finitude
como pode fazer isso comigo?
arrancar minha imortalidade, nosso eterno ser
ohhhhhhhhhhhh tempoooooooooooooooo
como pode me trazer para esse momento?