sábado, 31 de julho de 2010

Liberdade:

Dia 31-07-2010

Liberdade:

O que é falar em liberdade no momento atual? Como se pode definir liberdade? Como há liberdade no mundo contemporâneo? São tantas perguntas sem respostas conclusivas e tantas dúvidas sobre o que melhor caracteriza o termo “liberdade”. Em momentos iniciais do desenvolvimento do pensamento acerca do sujeito social e psicológico, tratava-se a liberdade como fundamento dos atos de cada sujeito. Diante de uma ordem social dominante de controle e repressão, questionava-se o papel do sujeito como precursor de sua própria história e a ordem que se instaurava. Mas a busca da liberdade, em momentos posteriores, se perdeu diante de mudanças sociais que culminaram com o afastamento do ideal libertário inicialmente proposto e visado por diversos pensadores sociais.
A liberdade foi sendo conquista à custa de um individualismo e egoísmo por parte do sujeito social, que não mais se vincula a uma ordem social imposta e dominadora. Vive-se em uma época em que como diziam e dizem psicanalistas como Freud, o sujeito busca satisfazer um desejo por um objeto em que toda a sua energia é investida, o que reflete o papel e a importância da libido e das pulsões inatas a esse mesmo sujeito. A liberdade perdeu-se em si diante da massificação de um corpo tido como “objeto” de satisfação imediata e de expressão da sexualidade. O sujeito tem sexualidade, mas confunde liberdade com um estado de total desprezo pelas potencialidades totais e que ainda não foram exploradas. A liberdade não deve ser confundida com um estado de bestialidade e de ausência de normas juntamente com um caos. Robbes dizia que o “homem é o lobo do próprio homem”, ou seja, estando em condição de total liberdade das amarras sociais que aprisionam, o sujeito retornaria a uma condição de barbárie.
Em certo sentido Robbes tinha e tem certa razão, pois nenhuma liberdade pode ser alcançada sem que haja uma dependência para com o social, com suas normas e regras de controle. Mas com diz Bauman, o Homem tem cada vez mais se afastando do social, passando a depender cada vez de sua auto-realização e de seu poder de decisão e escolha. A ênfase, no momento atual, não está mais no social, mas no sujeito social e psicológico.
Bauman ainda considera que a modernidade se liquefez e que os laços que ligavam os sujeitos e grupos de inserção social uns aos outros foram sendo desfeitos. Nesse sentido, a liberdade mesmo dependendo do social e das normas de controle, torna-se cada vez mais relacionada ao sujeito que deve ser assumir a si mesmo e lidar com seus medos, ansiedade, angústias e anseios. Em outros períodos, os sujeitos preferiam não falar em liberdade, pois confrontava esses mesmos sujeitos com indecisões, dúvidas e poder de ter que escolher por conta própria e assumir riscos. Na modernidade líquida, ao homem é dado novamente o poder de ter que escolher por si mesmo, pois se perde o amparo e proteção social que outrora eram garantidos.
Cada sujeito se depara com a sua própria sorte e não há limites mais ou menos seguros para a atuação. Entrando novamente na questão corporal e do desejo, percebe-se que o próprio limite físico e psicológico não é mais respeitado e que os ideais libertários iniciais não mais estão presentes nas práticas e manifestações corporais. O corpo é utilizado de forma descontrolada, abusiva, exaustiva e sem respeito pela integridade e liberdade. Mesmo no caso da sexualidade, os limites concretos não são respeitados nem estabelecidos com exatidão. A liberdade se confunde com falta de controle. Jovens que consomem quantidades excessivas de bebidas, drogas e outras substâncias que causam danos físicos, psicológicos, afetivos e sociais são exemplos entre outros de que a liberdade se confunde com falta de controle dos desejos, sentimentos e necessidades individuais.
O que se pode concluir, é que a liberdade faz o sujeito entrar em contato com aquilo que mais teme: o seu poder de auto-aperfeiçoamento e desenvolvimento pessoal e ter que arcar com conseqüências de atos ou de comportamentos ou atitudes perante o mundo e os demais sujeitos livres e com especificidades e qualificações cada vez mais próprias e que devem ser levadas em consideração em um mundo individualista e sem fronteiras sólidas e concretas. Dois pensamentos sobre a liberdade foram sendo desenvolvidos. O primeiro corresponde ao medo de se falar, comentar, afirmar e dizer sobre o próprio termo “liberdade” e o segundo refere-se ao fato de que não há liberdade sem controle, normatização certo grau de dependência do social por parte do sujeito e decorrente perda do ideal original de libertação que fora buscado e almejado em períodos anteriores do desenvolvimento do pensamento sobre o sujeito social.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

fogo e chamas

pegando fogo
ardendo em chamas
flamejando em tochas de cavernas escuras
flamejando em lamparinas de ruas escuras
isso é a vida pulsante em chamas de fogo
ardente como se fosse pegar fogo
ardente como se fosse explodir
isso é a vida pulsante em chamas ardentes
pegando fogo
ardendo em chamas
flamejando em caminhos sombrios
flamejando em rotas sombrias
a nebulosidade flamejante
desse fogo ardente que é a vida
a vida em eternidade
de momentos flamejantes
me encedeie
me queime
o fogo apagou?
o que foi isso?
tudo termina?
e a ave retorna, resurge e encendeia das cinzas da morte
morte eminente
vida fugaz
que jás
mas que reclama
versos de fogo que reclamam
que declamam
que clamam
o fio para de arder
e a tocha para de iluminar
fim de um fogo eterno

sexta-feira, 23 de julho de 2010

sou uma galinha cega
naum vejo o mundo
somente sombras
escuridão
o que faço de minha memórias?
ciscando, catando piolho, catando bagas de milho
todas essas são memórias tão fugazes
igual a um galinha que foge das envestidas do Galo
Sou escuridão, sou sombras
e de tudo isso o que me sobra?
esperar o mundo acabar? se derreter? se bombardear?
sou uma galinha cega
naum vejo o mundo
somente sombras
qual meu desejo final?
quero ver a luz
somente como a vi quando ainda enchergava
se é que eu enxergava antes
...................................

mais textos

Dia 23-07-2010
A pessoa com deficiência atribui-se a idéia de que esse mesmo sujeito não tem sexualidade, não busca relacionar-se afetivamente e sexualmente e de que não há desejo e impulsos sexuais na pessoa com deficiência. Práticas sociais de atribuição de tabus, crenças, concepções e mitos levam a proibições, repressão e impedimento da busca de prazer sexual e a procriação. A idéia de uma assexualidade por parte do deficiente fundamenta toda uma prática de negação da sexualidade não está presente na pessoa com sexualidade. Através dessa mesma idéia de assexualidade, o tema não passa por questionamentos nem por discussões. A sexualidade é assim afetada pela deficiência, mas deve-se ter em mente que os fatores sociais, culturais, pessoais se relacionam ao modo como o próprio deficiente e as demais pessoas no grupo em que o sujeito com deficiência se insere lidam com a complexidade do tema sexualidade componentes que a torna complexo, amplo e diverso sejam sociais, pessoais, relacionados ao afeto, ao sentimento de desejo, afeição e manutenção ou não de relacionamentos amorosos, afetivos e sexuais. Do ponto de vista existencial, o sujeito é um ser-no-mundo, está inserido em um mundo e atua em sua realidade a transformando e sendo transformado pela mesma. No caso da pessoa com deficiência, a expressão de sua sexualidade corresponde a um modo de estar e ser no mundo, mas que ocorre no caso da sociedade preconceituosa e que nega a sexualidade e suas diversas formas de expressão, é a retirada do poder de escolha consciente e responsável de ter e sentir desejos, satisfazer impulsos sexuais e manter relacionamentos. No caso, é o direito da pessoa com deficiência de saber mais sobre o processo da sexualidade, de receber informações e educação para que a sexualidade seja melhor compreendida e para que sejam evitadas conseqüências pessoais, sociais, físicas e psicológicas devido ao uso inadequado de contraceptivos e demais recursos preventivo.

O potencial sexual, em diversos momentos, não é bem trabalhado e desenvolvido, o que pode levar a comportamentos sexuais inadequados do ponto de vista social. Práticas educativas inadequadas, precárias e deficitárias e a falta de informação acerca das peculiaridades de cada pessoa, seja deficiente ou não, tem levado ao preconceito e estigma para com a deficiência e a sexualidade. Em termos sociais, há uma repressão sexual, mas não há uma eliminação de emoções e de necessidades sexual-afetivas. Segundo diversos autores, A sexualidade ativa está praticamente preservada nas pessoas com deficiência. Mas estereótipos socialmente constituídos relativos a sexualidade da pessoa com deficiência afirmam que não há sexualidade nesse mesmo sujeito e que os deficientes não manifestam quaisquer sentimentos de desejo e amor, além de que não há busca de gratificação sexual por parte desse grupo diverso de sujeitos. Através de uma percepção distorcida e repleta de julgamentos socialmente constituídos, o próprio deficiente assimila a idéia de um corpo fragmentado. A imagem que é transmitida reflete a constituição de uma imagem social marginalizada e degradante. Não é inicialmente constituída pelo sujeito com deficiência, mas acaba sendo incorporada por esse mesmo ser-no-mundo.
Considera-se que a sexualidade é inerente a todo e qualquer ser humano e que sua expressão é ampla e difusa. Todo sujeito visa estabelecer relações com outras pessoas. Retomando a idéia existencial anteriormente referenciada, o homem é um ser de relação e não é para menos que no caso de uma deficiência esse anseio seja inerente ao modo de ser e de estar no mundo que cada sujeito deficiente venha a manifestar no aqui-agora, Mas esse modo de ser, estar, e se posicionar e se portar diante da realidade for negado, reprimido e impedido, a expressão da espontaneidade e da sexualidade saudável e característica não serão possibilitados ao sujeito com deficiência.
Não é negando o tema e a expressão da sexualidade, mas ensinando, educando, treinando adequadamente e possibilitando a expressão espontânea é que o tema da sexualidade será melhor compreendido, aceito e mais presente na vida social. Deixando em segundo plano juízos, pré-conceitos e concepções, a sexualidade será discutida com mais freqüência e fará parte da vida em sociedade e dos seres-no-mundo que são as pessoas com alguma deficiência.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

textos

09-07-2010:

Sexualidade, afetividade e deficiência:
O livro “Sexualidade e deficiências “, da autora Ana Claúdia Bortolozzi Maia, considera do ponto de vista psicológico, social, físico e cultural a sexualidade humana, mesmo no caso de pessoais com deficiência. O desejo afetivo e sexual está presente na pessoa com deficiência e não deve ser negado, reprimido, retraído entre outros aspectos qu se relacionam a própria forma com que a sociedade lida com o tema da sexualidade. Algumas representações sobre o corpo, auto-imagem, perdas corporais visíveis ou não vão sendo descritas ao decorrer da exposição que a Ana Cláudia faz sobre pesquisas realizadas por diversos autores da área de deficiência mental.
No primeiro capítulo, a autora nos traz diversas concepções acerca do termo deficiência. Muito além de definir termos, Ana considera que a forma com que as pessoas lidam com a deficiência e com o sujeito deficiência se relaciona com os conceitos, pré-noções, juízos de valor que o sujeito que percebe traz de acordo com o seu relacionamento com a cultura, com seu grupo social e contexto mais próximo. O deficiente estigmatizado por apresentar a sua marca distintiva, nega sua capacidade de expressão afetivo-erótica, seja através de práticas que infantilizam ou reduzem o potencial sexual, afetivo e relacional ou através dos estereótipos, conceitos, concepções e representações que o contexto social, a família e o próprio indivíduo com deficiência constituem.
O tema da deficiência não é de fácil compreensão, pois lida justamente com questões mais amplas, ou seja, corresponde a um fenômeno multifacetado e com diversos aspectos que se entrecruzam. A sexualidade, sendo um tabu, no caso de pessoas com deficiência, torna-se mais difícil de ser compreendido por tratar de retomar toda a articulação dos fatores sociais, físicos, culturais entre outros. Em diversos momentos, a família de uma pessoa com deficiência não aceita o fato de que seu filho não é desprovido de desejos sexuais e que pretenda algum dia constituir relações afetivas, sexuais e relacionais. Não conversa com o filho deficiente sobre sexo, casamento, riscos de práticas sexuais inadequadas, o que pode levar à abusos sexuais, físicos e verbais.
10-07-2010

O capítulo inicial do livro trata da consideração dos aspectos relacionados à deficiência. Esta, conforme diversos teóricos e a autora, se refere ao conjunto de condições gerais limitantes: biológicas, sociais e psicológicas. A autora trata de questões que são remetidas aos aspectos sociais, culturais e físicos. Uma dessas questões é a do diferente que se dá sobre o parâmetro da igualdade e da “normalidade”. As diferenças, segundo Maia, se manifestam em um contexto que as evidencia/contrapõe os semelhantes em alguma característica valorizada aos chamados “diferentes”. Estes, conforme o contexto em que se encontra, apresentam características ou atributos que podem ser percebidos por outras pessoas conforme noções, conceitos, parâmetros e outras formas de consideração que foram constituídas sócio-histórico-biológico-culturalmente por um grupo social da qual esse mesmo sujeito que percebe faz parte.
A sociedade possuí noções, conceitos e juízos pré-estabelecidos e estigmatizam as pessoas com deficiência conforme aquilo que é constituído nesse meio social. Ao longo da história, os deficientes foram sendo considerados de forma diferente. Inicialmente, eram tratados como sendo aberrações, não humanos, monstros. As práticas mais comuns da idade média eram sacrifícios, extermínios, assassinatos, abandono a própria sorte entre outras formas de evitar que os deficientes entrassem em contato com a sociedade. Com o desenvolvimento da ciência médica, em especial da psiquiatria, as pessoas com deficiência foram sendo alojados em locais sem contato com o meio social. Segundo Maia (), “todos temos concepções (‘pré-conceitos’), nem sempre evidentes, sobre diferentes fenômenos sociais e tomamos atitudes em relação a eles considerando essas concepções”. A deficiência e a manifestação da sexualidade, correspondem a dois temas de complexa consideração, pois ambos esbarram justamente em aspectos sociais, históricos e culturais.


DIA 19-07-2010

Conforme crenças socialmente constituídas e de representações significadas-resignificadas dentro de contextos mais amplos, no caso específico da pessoa com deficiência, essas mesmas representações levam a práticas discriminatórias, excludentes, segregacionistas, que negam ou infantilizam o sujeito, seus afetos, impulsos sexuais, necessidades de amor, respeito e compreensão para si e para com as demais pessoas. No contexto educacional, a sexualidade da pessoa com deficiência já traz em si uma representação de exagero, exacerbação, animalidade entre outros atributos socialmente significados. No caso da família, o deficiente mental é considerado como um ser assexual, sendo que os comportamentos, atitudes e ações que esse mesmo sujeito com deficiência mental são tidos como expressões da infantilização e da crença na assexualidade do deficiente mental.
Todo e qualquer ser humano, qualitativamente, não difere quanto ao fato de sentir atração, ter desejos sexuais, afetos e demais manifestações da sexualidade. Mas o que diferencia o sujeito sem deficiência da pessoa com deficiência não são atributos físicos distintos, mas o aspecto social que subjaz as práticas dos sujeitos e dos contextos grupais. Muito mais do que olhar o aspecto meramente biológico-fisiológico-genital da sexualidade, o mais importante é entender como cada sujeito lida com os aspectos envolvidos em sua sexualidade e expressão de desejos, afetos, sentimentos e outras manifestações erótico-afetivas. Cada sujeito sente, deseja, pensa e manifesta os seus aspectos sexuais de determinada forma, além de obter de distintas maneiras prazer e satisfação sexual. Não há padrões que estabelecem o que é ou não é normal na sexualidade, principalmente no caso da deficiência.

domingo, 18 de julho de 2010

término fugaz de um ciclo

Acaba mais um momento da minha vida
Acaba mais um etapa da minha vida
Começa mais um estória da minha vida
Começa um novo amanhacer em minha vida
Tudo novo, tudo de novo
Tudo acaba, tudo inicia
e o que fica disso tudo?
Saudade, alegria, dúvidas, medos, expectativas e tantos outros sentimentos tão humanos, que nos são caros e raros
Tudo tão fugás, tudo que jás
Tudo tão efemêro, tudo que se faz
e o que fica disso tudo?
recomeço, reinicio, reformulação e tantos outros sentimentos tão humanos, que nos são caros e raros
Partir de uma etapa, representa para cada sujeito, chegar em outra etapa
equilibrar, mas antes, desequilibrar
desencontrar, mas antes, encontrar
acaba mais uma etapa da minha vida

quinta-feira, 15 de julho de 2010

a procura de algo

minha vida, minha alma
meu renascer, meu rejuvenecer
meu existir, meu florescer
meu mundo, minha vida
a cada renascer, minha alma desabrocha em meu rejuvenescer
o caminho, o desconhecido, o inesperado
a cada momento, a cada caminho
a cada florescer, a cada viver, a cada viver
minha alma rejuvenesce e refloresce
procuro alguém para completar a minha vida, a minha alma, o meu renascer e rejuvenescer
a partir deste momento busco a cada dia me completar, mas ainda não o consegui
minha vida, minha alma
meu renascer, meu rejuvenecer
meu existir, meu florescer
meu mundo, minha vida
a cada renascer, minha alma desabrocha em meu rejuvenescer
dedico esse poema a quem estiver a fim de me completar, de me desabrochar

sexta-feira, 9 de julho de 2010

expressão da afetividade

Dentro de uma perspectiva existencial-fenomenológica, consideramos a deficiência e a sua expressividade como formas de estar, ser, situar no mundo. Cada ser-no-mundo traz uma marca característica que decorre de suas escolhas, de seu posicionamento diante do campo fenomenal e das possibilidades dadas (sociais, culturais, biológicas, físicas etc). No caso do deficiente, essas marcas são percebidas pelos demais sujeitos se significadas-ressignificadas de diversas maneiras, o que depende do julgamento e conceito que esses demais sujeitos tem sobre as marcas que caracterizam a deficiência do ser percebido.
Do ponto de vista prático, vivo, escolho e me situo no mundo de forma espontanea e de acordo com o que escolho (respondo às perguntas que a vida me impoe. Percebo o preconceito das demais pessoas conforme meus medos, sentimentos negativos entre outros conceitos. Quando vejo uma moça que vem a meu redor e entra em contato com meu campo relacional e a percebo como ameaçadora, como alguém que não se sente atraída por mim. Tudo isso ocorre conforme meus pre-conceitos, juízos de valor etc. Outro dia pedi em namoro uma moça que considerava muito legal, papo cabeça e agradavel. Descobri que ela já tinha outro rapaz. A princípio fiquei triste e me senti frustrado. Mas depois, consegui perceber de forma diferente o fato de ter sido rejeitado. Aconteceu algo interessante, continuamos amigos e percebi o quanto percebe a rejeição amorosa de forma distorcida. Amor é uma construção mútua e devemos nos relacionar de forma mútua e recíproca. Considero essa escolha que fiz autêntica, do ponto de vista da relação, que não caminhava para um romance, e dobponto de vista de eu ainda não ter passado por situações de ter que escolher amar, sentir afeto entre outras características tão humanas quanto a que eu, ser-no-mundo, vivenciei.
Para concluir, cabe ressaltar que, começar a escolher um caminho diferente não é uma tarefa simples e de fácil consecução. Mas devemos começar a pensar, sentir e buscar responder às perguntas feitas pela vida. Somos seres de afeto, paixão, desejo e sentido. Por isso devemos buscar o sentido de viver e de relacionar com outra pessoa. Era o que tinha que ser dito nesse momento de meu existir.