quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

O que torna as pessoas felizes:

Não são palavras bonitas
presentes caros
nem dinheiro
mas pequenas ações
isso nos torna mais felizes
chegar de longe para ver alguém querido
esperar a chegada de pessoas queridas
ou vê-las de surpresa
pequenas e singelas palavras
pequenos e singelos atos
gostar e ser gostada por alguém
quem sabe a vida pode se tornar tão bela e florida com os nossos atos?

sábado, 25 de dezembro de 2010

festas de fim de ano

Mais um ano termina e com esse término vem uma pergunta
o que podemos pensar sobre o ano que passou?
imaginamos que somente ocorreram eventos caóticos, desastres naturais, conflitos familiares ou quaisquer momentos ruins
mas devemos parar um instante e refletir algo:
como dizia Viktor Frankl, mesmo nas piores situações de vida há como encontrarmos um sentido que nos motiva. Então, apesar desses momentos de caos, podemos pensar que o ano de 2010 não foi totalmente ruim
Mudanças ocorrem, uns morrem e outros nascem ou renascem, mas a repostas às perguntas que a vida nos faz foram respondidas
Pensamos que as pessoas que morreram foram embora, mas de alguma forma repensamos nossos valores e sentimos a presença desses mesmos entes entre nós
São três os valores a que devemos nos ater: criação, aceitação e atitude
O ano de 2010 foi o ano da copa, das eleições e do término da faculdade entre outros eventos.
Com a morte me dirigi para os valores de aceitação e de atitude
e esse ano não foi muito fácil, mas estou buscando um significado para meu existir.
Bebidas, vícios, dinheiro e poder não são valores a que me dirijo e ainda vou dirigir. Sendo em si mesmos, não conduzem a um sentido da vida a que todo ser humano deve encontrar.
2010 também foi o ano da perda laços familiares, amizades e de relacionamentos
mas as tentativas de estabelecer novas redes já foram realizadas. O ano novo que se aproxima traz novas possibilidades de busca de sentido da vida

um poema para terminar:
os ventos do passado passam por minha face
os ventos do presente passam por meus olhos
os ventos do futuro ainda não passaram, mas já estão chegando
falta uma força de impulso
para que os ventos do futro passem por minha face e meus olhos
tenho uma visão de uma eternidade e de uma imensidão
os ventos passam, vem e vão, ainda virão e a vida passa
passa e se torna sempre um nova vida, um recomeço
grande é a vontade de mudar, de recomeçar
passado
presente
futuro
tudo misturado
tudo junto
tudo perto
e a vida passa como um vento nas areias do deserto em que esse pequeno ser que sou eu
posso atravessar
os ventos do passado passam por minha face
os ventos do presente passam por meus olhos
os ventos do futuro ainda não passaram, mas já estão chegando

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Estranheza

Acordei pensando no que fui e no que vou ser
Acordei tendo consciência de minha fragilidade
Estranhezas à parte, mas eu sou livre e consciente
Posso cheirar o ar do campo e regar as flores com minhas mãos
Sinto-me vivo e isso me é estranho
Estranho o meu olhar
Estranho meu toque
Estranho meu cheirar
Estranho meu falar
Estranho meu ouvir
Tudo me é estranho, mas ao mesmo tempo familiar
Acordei pensando na maravilha da estranheza da vida

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Liberdade e voltar-se para si mesmo:

Dia 13-12-2010
A época atual trouxe algumas mudanças em termos tecnológicos, humanos, científicos, sociais e culturais. Mas essas diversas mudanças influenciaram e ainda influenciam a forma como os indivíduos lidam com o mundo ao redor, com as demais pessoas e consigo mesmo. Em um período que pode ser chamado de Modernidade, o interesse maior era o acumulo de riquezas e capital por parte dos que possuíam essas mesmas riquezas e o capital, preservação da mão-de-obra trabalhadora e regulamentação do Estado e dos governos responsáveis por manter a “Ordem” pré-estabelecida e proteger os detentores do poder.
Com o surgimento de uma era Pós-moderna, como muito bem caracteriza Bauman, começa a surgir uma sociedade de consumo e o capital passa a estar desvinculado de quaisquer mecanismos de regulação territorial e Estatal. Com as mudanças da pós-modernidade, perde-se um sentimento de pertencimento a comunidade. Mas com um consumo cada vez maior, os sujeitos tornam-se individualistas e “estranhos” aos olhos das demais pessoas. A promessa de uma liberdade e autonomia é o que marca a nova sociedade. Mas essa promessa, na verdade, não corresponde a uma verdadeira libertação dos indivíduos. Na sociedade de consumo, todos anseiam obter certa margem de poder para consumir, mas nem todas são totalmente livres para obter aquilo que é oferecido.
O ideal de liberdade torna-se uma nova forma de opressão e de ansiedade a que os sujeitos da pós-modernidade. Um dos principais dilemas da sociedade contemporânea é a perda do sentido de si mesmo por parte do indivíduo que se manifesta no consumo exagerado, nos vícios e no próprio ideal de liberdade. Pessoas que não se enquadram no padrão de consumo e de vivência na nova forma de considerar a sociedade é tido como um “estranho” e a tendência é retirar todos esses sujeitos das fronteiras a que se constituíram na sociedade pós-moderna. Locais fora das fronteiras se tornam moradia para aqueles cujo poder não fora dado. Do ponto de vistas da subjetividade, os cidadãos das grandes cidades tornam-se cada vez mais ansiosos e as diversas neuroses surgem. Mas devido a uma tentativa de controle das reações emocionais advindo de uma forma racional de lidar com a própria e, com outros sujeitos e com seu próprio eu. Entrar em contato com a centralidade ou com o núcleo antropológico do sujeito (dimensão espiritual), conforme autores como Rollo May, Viktor Frankl, Sartre entre outros, é uma necessidade do humano, pois se ao menos não conhecer a si mesmo e lidar com seus próprios sentimentos, não há como o indivíduo total encontrar com o outro. Martin Bubber descreve que num encontro entre dois sujeitos se dá através de uma relação entre o eu e o tu, no caso um sujeito que entra em contato com o outro.
O homem como um ser entra em contato consigo mesmo e possuí uma consciência que o difere dos outros animais, sendo distintamente humana. Entrando em contato consigo mesmo, o ser humano se torna mais consciente. Toda e qualquer manifestação específica do homem o possibilita transcender a si mesmo e refletir sobre sua condição de liberdade no mundo. Não uma “mera” promessa de liberdade através do consumo em si mesmo. Na prática, compreende-se que as pessoas cada vez menos entram e contato com sua interioridade e com as manifestações da dimensão espiritual de sua totalidade. Segundo Viktor Frankl, a busca de sentido é um fim a que as pessoas se dirigem, seja através da criação, da aceitação de uma situação irreversível, da vivência de um grande amor ou causa ao qual luta ou através de uma mudança de atitude perante aquilo que não pode ser mudado.
Rollo May considera que o encontro humano é uma dos meios de que dispõe o terapeuta para que haja uma expansão da consciência e enriquecimento do eu, além de corresponder à principal forma de conhecer o paciente e a si mesmo em uma terapia. Retomando o aspecto da consciência como uma capacidade distintamente humana, o autor faz uma análise a cerca do conceito de inconsciente, descrevendo como ações ou percepções potencias que não podem ou nunca serão realizadas. Na nova forma de sociedade, como o encontro entre dois sujeitos não possibilitado, esses mesmos sujeitos são “estranhos” um ao outro, pois o contato mais direto, autêntico e profundo não é possibilitado. Como descreve Sartre, o homem é livre para escolher seu destino e constitui sua essência como ser. Através da existência o homem constitui sua seu mundo subjetivo, se relaciona com as demais pessoas de forma autêntica. Sendo assim, o homem é responsável pelas escolhas que faz.
Novamente em termos práticos, os sujeitos da pós-modernidade preferem não assumir sua responsabilidade como ser livre. Não vendo sentido em se responsabilizar pelos prejuízos que sua ação possa causar para si mesmo e para os outros. A responsabilidade é dada aos outros, o que torna a ação uma má-fé por parte do sujeito que tem o poder. Os vícios são considerados como uma das formas que as pessoas encontram para aliviar a ansiedade que sempre está presente. Mas como a simples e pura satisfação de desejos e impulsos para o consumo é tomada como um fim em si mesmo, a busca de ideais que estão para além da existência em termos corporais ou anímicos não é possibilitada, o que torna vazia de sentido a vida das pessoas. Concretamente observa-se que a mídia contribui cada vez mais para o processo de perda de sentido de si mesmo por parte dos sujeitos da pós-modernidade. Produtos de beleza, corpos moldados conforme padrões de beleza, carros de última geração entre outros produtos de consumo exemplificam a perda de liberdade e de sentido de si mesmo.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Eterna amizade

A amizade é como uma flor
se vc rega a flor ela cresce e se torna bonita
mas se vc não a rega ela morre
A amizade é como uma árvore
se há solo fértil a semente se torna uma árvore grande e vistosa
se não há solo fértil a semente fica guardada debaixo da terra
mas se um dia alguém rega o solo, mesmo com o solo ruim
está semente poderá se tornar uma grande árvore
com frutos e várias flores lindas
que a nossa amizade seja essa flor que desabrocha e essa árvore que cresce, mesmo com as adversidades
e que seja duradoura e com proximidade e que possamos construir mais que uma amizade
uma relação de proximidade