segunda-feira, 10 de março de 2014

Futuro: Uma divisa no meio do caminho

   O que esperar diante de si mesmo?
   O que desejar diante de si mesmo?
   O que fazer diante de si mesmo?
   .
   .
   .
 São muitas as perguntas que o ser humano faz a si mesmo, mas o que não se tem é uma resposta exata para cada um de nossos questionamentos. Em se tratando de ser humano, não há como encontrar uma resposta definitiva. O caminho percorrido pelos seres humanos corresponde a um mistério a ser desvendado. Apesar de estar submetido ao destino da natureza, o homem deseja transcender a sua condição finita e mortal. Se considera um ser privilegiado por seu intelecto "inabalável", sua inteligência cada vez mais "flexível" e "plástica"e sua consciência "superior" . Se considera um ser cuja existência deve ser preservada a todo custo. Almeja alcançar um status de "entidade superior" e alcançar a imortalidade com fim em si mesmo. Os heróis e ídolos humanos são representados de diversas formas ao longo da história humana seja em obras de arte, livros de literatura ou demais meios de expressão humana e artística.  Mas apesar dessas mesmas formas de representação, o homem se encontra diante de um caminho incerto. Caminho este que causa certa perplexidade pelo fato de que não leva cada um que percorre à conclusões definitivas e que possam ser generalizadas a todo  e qualquer indivíduo. Uma divisa se abre ao longo do caminho a ser percorrido. As perguntas levam a outras e o ciclo de repetição se repete. Ao não saber qual o caminho da divisa que deve ser percorrido, o indivíduo se assusta e se angustia. Entra em um estado de desespero, mas não entende que a resposta se encontra justamente dentro de si mesmo. Basta apenas voltar-se para si mesmo, se aventurar dentro de seu próprio eu. Diversas vezes, o homem se entrega a uma existência cotidiana que não correspondem ao que realmente importa. Se esquece de sua capacidade de se transcender e abandona o que realmente dá sentido ao seu existir. Torna-se algo entre tudo aquilo, um objeto entre outros no mundo. 
   O verdadeiro valor do ser humano não deveria estar associado a uma vida cotidiana de prazer, satisfação de desejo, vícios e de falta de significado como tem ocorrido atualmente. O caminho deveria ser conduzido por cada sujeito em relação com os outros e com o mundo ao seu redor. Não há mistério em se deixar conduzir pela divisa sem se preocupar com o alcance de respostas exatas.