sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Possibilidades

   O futuro é repleto de possibilidades. Refletindo sobre o que vivenciei durante os últimos dias do ano de 2016, percebo o quanto me transformei. Cheguei à conclusão de que o futuro é repleto de possibilidades, não apenas naquilo que eu desejei, mas do que ainda não havia pensado nem imaginado. Venho lutando por uma oportunidade de iniciar uma carreira de psicólogo. Venho realizando provas de concurso em que sou desafiado o tempo todo. Me deparo com inúmeras barreiras, grandes desafios e diversos obstáculos. Minha saúde também vem sendo desafiada durante todo esse ano. Precisei iniciar o uso de um respirador para dormir. Mas estou conseguindo superar esse mesmo obstáculo. Possibilidades estão surgindo, apesar das dificuldades. Meu irmão, Giuliano, também vem enfrentando dificuldades, mas tem superado com garra e força as barreiras. Venho sendo desafiado por novas situações, mas novas soluções tornam-se possíveis. 
      Não é apenas sorte ou sucesso, mas também, impulso de uma fé pela vida e esperança de um futuro. Se não fosse por isso, não sei como poderia continuar minha trajetória. O que me move é justamente essa vontade de continuar caminhando. Outro desafio que venho enfrentando recentemente é a hospitalização de meu avô materno. O fim da vida é um dos assuntos mais fáceis de lidar. Já vivenciei várias mortes, mas aquele sentimento de perda ainda continua. Sei que, apesar de a morte fazer parte da vida, não devemos vive-la durante todo o tempo. Mas o medo sempre me perturba. Possibilidades surgiram com relação ao adoecimento de meu avô. Vivemos momentos de felicidade recentemente. Aproveitamos ao máximo esses momentos ao lado dele. Não tenho arrependimentos quanto a essas vivências. As possibilidades são as boas lembranças. O ano de 2017 também será repleto de possibilidade.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

O eu que sinto e como me sinto

    Sinto-me capaz de viver livremente, assim como um pássaro de fogo. Há cada dia me renovo, assim como uma ave fenix que ressurge das cinzas. Uma sensação de leveza, suavidade e fluidez. Uma sensação de contentamento, apesar das frustrações e dos percalços de meu existir. Preciso me renovar, assim como a fenix que ressurge das cinzas. A minha vida é uma eterna renovação. Todos os dias sinto uma necessidade de mudança que toma conta de mim de tal forma que não consigo lidar. Não consigo remover de meu íntimo essa incessante necessidade de me renovar como uma ave de fogo. Se eu parar para refletir, chego à conclusão de que, enquanto eu existir, ainda sentirei essa mesma necessidade de me renovar. Se faço algo diferente daquilo que estou acostumado, me sinto leve, suave e fluído. Me renovo e ressurjo das  cinzas, assim como a fenix flamejante. Mas a vida nem sempre me proporciona oportunidades de mudança. Preciso constantemente buscar atividades que atenuem a sensação de vazio que sinto. O vazio é o oposto do que persigo. 
    Me incoformo com a falta do que fazer com meu vazio. Preciso urgentemente de me renovar e buscar mudanças em meu cotidiano. Como tenho limites físicos, recorro a meus pensamentos e minhas palavras como meio de alcançar novas possibilidades de mudança. Ainda assim, ainda sinto o vazio existencial. Preciso alcançar novos rumos e a sensação de renovação. A expectativa diante das incertezas me consome. Preciso de mudanças profundas para ser eu mesmo...

sábado, 30 de janeiro de 2016

Livros que li

  Já li diversos livros em minha vida. Uns com estórias interessantes, outro nem tanto. Mas o que realmente aprendi por meio de minhas leituras é a capacidade que possuimos para nos deixar levar pelo mundo da imaginação e da fantasia. Apesar de gostar de ler autores complexo, tais como Franz Kafka, Gabriel Garcia Marques, Graciliano Ramos, Clarice Lispector entre outros, percebo como posso me transportar a mundos distintos. Me vejo em castelos majestosos, vastas pastagens, batalhas épicas, jardins de flores, na mente humana de quem escreveu tais livros. Ao longo de minha vida estudantil, me interessei por livros de conteúdo mais existencial e de temas de certa profundidade. Contos são o que mais me despertam prazer de ler. Não gosto tanto de poemas, mas também leio. Um dos últimos livros que li foi o "amor nos tempos do cólera" de Gabriel Garcia Marques. Conta uma estóriia de um sujeito que vive uma paixão secreta por uma mulher.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Azul


Um azul como nunca havia visto ainda nesta vida
Um azul celeste como o céu de um dia de sol
Um azul cristalino como as águas de um rio
Um azul que se perde no horizonte do oceano
Um azul que se encontra com o branco das montanhas mais altas
Um azul das chamas que acendem do fogo que nasce
Um azul das chamas que se apagam do fogo que morre
Um azul eterno de um existir que não termina se quer um dia
Azul, Azul, Azul!!!!!!!!!!
Onde está o azul de seus olhos?
Azul, Azul, Azul!!!!!!!!!!
Onde está o azul de sua alma?
Um azul como nunca havia visto ainda nesta vida
As ondas deste azul se levantam a rumam ao infinito 


quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Relacionamento Amoroso

  Como qualquer ser humano, a pessoa com deficiência deseja se relacionar amorosamente com outras pessoas, sejam com ou sem deficiência. O tema "relacionamento amoroso e deficiência", apesar das mudanças sociais que foram surgindo, ainda é permeado por tabus, preconceitos e estigmas. Anteriormente, não se concebia a própria inserção social da pessoa com deficiência, ainda menos a possibilidade de constituir um relacionamento amoroso. Ainda hoje vemos que a própria aceitação do indivíduo com deficiência é incipiente. Quando os deficientes resoveram reinvindicar seu status enquanto sujeitos de direito, a sociedade como um todo, se viu diante de um dilema: como podemos aceitar alguém que precisa de auxílio a maior parte do tempo?
   Tal questionamento fez com mudanças estruturais mais amplas fossem iniciadas, o que não uma tarefa fácil. Ainda vivemos em um mundo preconceituoso. O desejo de encontrarmos alguém que nos faça feliz esbarra com os olhares de outras pessoas. Não se concebe o amor entre um cadeirante e uma mulher linda sem deficiência ou vice-versa. Mesmo o namoro entre dois deficientes não é completamente aceito. Vivemos em uma sociedade de consumo, em que a estética do corpo perfeito é um dos ditames da existência.
   Segundo Bauman (2001), a modernidade tende a ser caracterizada por sua fluidez, ou seja, a nossa sociedade atual é líquida. Anteriormente, viviamos em uma modernidade sólida em que o funcionamento da sociedade se baseava em normas, leis e regras fortemente constituídas. Atualmente, os laços que unem os indivíduos são provisórios, se dissipam rapidamente, são "fracos", não sendo feitos para durarem por muito tempo. O mesmo pode ser observado em termos amorosos.
 As pessoas se relacionam entre si de forma superficial e imediata. As relações afetivas foram gradualmente substuídas pela satisfação sexual momentânea. Os corpos esteticamente "perfeitos" são aqueles que possibilitam o pleno exercício da sexualidade. A ideia que perpassa as interações humanas é a de que a deficiência é um impeditivo à realização do pleno potencial humano. Conforme o psicólogo Fabiano Phulmann (CERTEZA,L.M, 2009), "a beleza física e a perfeição ainda são muito valorizadas, e maciçamente divulgadas pela mídia, fazendo-nos, erroneamente, atribuir ou restringir a sexualidade ao aspecto físico".
   Não é de se estranhar que ainda há um desprezo com relação ao que é "imperfeito" em termos físicos. O que torna os indivíduos pessoas de direito não deveria ser o padrão de beleza física, muito menos a perfeição estética. A internet aparece como um dos meios que possibilitam as interações sociais. Mas também devido à primazia ideal de beleza, se vê contaminada pelos estigmas, preconceitos e ideologias atuais. Concluindo, cada vez mais as pessoas com deficiência se veem impelidas a lutar com as próprias forças, conquistando seu espaço e estabelecendo relações amorosas.
       

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Céu Aberto

O céu se abre
O céu aumenta de tamanho
O céu se rasga em fogo
O céu se expande 
O céu é o limite de tudo
O céu é o início e o fim de tudo
O céu é o templo de minha alma
O céu é o refúgio de meu ser
De tanto se abrir, meu céu já obteve o status de universo
De tanto se expandir, meu céu já não o mesmo
As armas já foram postas
As amarras já foram desatadas
As correntes já foram quebradas
E meu céu já se abriu com tamanha força que sumiu
O céu se abre, se expande, se quebra, se desata
E eu já sou diferente do que fui a um minuto
Vivo como se fosse o rei de meu próprio céu
O céu já se abriu inteiramente para mim


quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Vícios Humanos

   Os vícios do cotidiano são difíceis de evitarmos. Não apenas por nos seduzirem, mas também por exercerem certo poder em relação a nossa vida. A influência que os vícios exercem em nossa vida é maior do que podemos imaginar. Em uma sociedade de vazio e falta de perspectiva, as pessoas buscam os prazeres imediatos como forma de preencher as lacunas que vêm sendo deixadas. Ao invés de nos preocuparmos com o meio de alcançarmos um sentido para nosso existir, desejamos obter o fim da busca por esse mesmo sentido. Os vícios em si mesmos nos oferece um conforto imediato, sendo apenas paliativos para a nossa sensação de incompletude. 
   O vazio ainda persiste e continuamos a sentir certa angústia. Viktor Frankl nos explica que a excessiva preocupação com o fim na busca por um sentido impossibilita a utilização dos meios necessários para que o sentido seja alcançado, ou seja, a busca de prazer em si mesmo nos impossibilita de utilizarmos da melhor forma possível nossos recursos necessários para alcançarmos o sentido de nosso viver. 
  Em termos práticos, podemos exemplificar os conflitos amorosos atuais. Ao invés de nos relacionarmos amorosamente com nossos companheiros ou companheiras, desejamos a excitação física imediata. Como consequência, surgem as disfunções sexuais comuns e outros problemas físicos, psicológicos e comportamentais. O mesmo ocorre com a busca imediata por conforto alimentar, uso de drogas, excesso de consumo de bebidas alcoólicas  em que a preocupação com as possíveis consequências adversas em termos de saúde  não são vislumbradas de imediato. 
     Os vícios humanos se relacionam de forma ambígua com os padrões estéticos da sociedade de consumo. Desejamos um "corpo perfeito, sarado e esteticamente perfeito", mas, ao mesmo tempo, não queremos abrir mão de nossos vícios alimentares. 

domingo, 17 de janeiro de 2016

Pessoas

   Vivemos rodeados por pessoas. Umas surgem e desaparecem, outras ficam em nossas vidas por toda a nossa existência. Afinal, o que tornam as pessoas especiais? Apesar de ser uma pergunta de dificil resposta, se pararmos para refletir, obtemos algumas respostas. Uma primeira resposta diz respeito ao fato de pensarmos que  os outros que nos rodeiam são especiais para nós por suas ações concretas, por seus feitos observáveis e por uma infinidade de aspectos materais. Outra possível resposta se refere ao simples fato de as pessoas especiais serem apenas aquelas próximas fisicamente a nós. Eu poderia listar aqui uma série de possíveis respostas, mas irei fazer diferente. Para mim ser especial significa apenas algo: proximidade existencial. O que isso quer dizer? Estar próximo do ponto de vista existencial não corresponde à presença física das outras pessoas nem à ações materiais. As pessoas vivem em nós mesmo que não estejam fisicamente presentes, por isso termo disponibilidade existencial. Nem o tempo e nem a morte podem  apagar a presença dos outros em nossa vida. 
   Estar disponível envolve muito mais do que a concretude. Envolve ter com quem contar, por quem lutar, em quem pensar e por quem esperar mesmo com o passar do tempo. Somente nos realizamos enquanto sujeitos por meio da busca de um sentido. O nosso sentido se encontra também na disponibilidade existencial das outras pessoas. Basta nos desapegarmos da materialidade de nossa vida cotidiana. As pessoas ultrapassam a proximidade física e a presença concreta

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

O ano de 2016

Esse ano que se inicia será repleto de grandes mudanças. Mudanças visíveis e invisíveis. Sempre me pergunto qual o sentido de mudanças materiais e concretas. Sempre esperamos mudanças com alguma comprovação concreta. Mas o que vemos, na verdade, são simples e pequenas mudanças. O que deveriamos valorizar são os pequenos momentos em que as surpresas surgem de forma inesperada diante de nossos olhos. Apesar de 2015 não ter sido um ano fácil em minha trajetória, valorizei cada um dos momentos em que pude vivenciar as mudanças. Pessoas morreram, dificuldades estiveram presentes e desafios surgiram, mas, apesar disso, pude experimentar o que vem a ser a vida cotidiana. Espero que, em 2016, eu possa viver cada momento de meu existir. A minha dedicação e meu empenho continuarão a fazer parte de minha trajetória, mas procurarei ser alguém melhor, pois enquanto eu viver não exitarei em experimentar o que essa vida pode me oferecer de melhor.