sexta-feira, 27 de maio de 2011

eternidade que não termina

A eternidade vai além de nosso corpo
além de nosso ser corpo, mente e espírito
O que podemos fazer diante do fato de que esperamos a cada segundo, minuto, hora, dia, ano e nada acontece?
a morte é uma espera eterna, apesar de sermos frágeis somos eternos, nos dirigimos para além de nós mesmos. Mas como podemos aceitar a nossa finitude? não aceitamos facilmente nossa condição de espera e de eternidade para além de nosso corpo, tempo, espaço entre outras dimensões de nosso ser. Lutamos contra nós mesmos e contra nossos medos. O temor diante de uma longa espera angustia cada um de nós, mas também nos possibilita nos projetarmos naquilo que fazemos, ou seja, nos dá tempo para sermos humanos. A vida não é fácil para nenhum de nós, mas se pensarmos exageradamente nos problemas que essa mesma vida nos traz, podemos neurotizar, nos angustiar de forma patológica e adoecer no corpo e na mente. As nossas depressões surge como resultado de nossa busca ansiosa por fazer, produzir e construir cada vez mais. Mas essa produção incessante é vazia, pois carecemos de um sentido que mova todo nosso ser e existir. Respondendo à primeira pergunta, não há como fazermos muito diante de nossa espera, pois dependemos de nós próprios para fazer algo diante da vida e da eternidade. Preencher essa "lacuna" entre o nascer e o morrer envolve nos deixarmos levar pelo fluxo da existência não apenas espiritual e mental, mas também corporalmente. Em ciclos que se iniciam, terminam e dão início a outros ciclos, passamos toda a nossa vida produzindo sem sermos nós mesmos, ou melhor, sermos autênticos.

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