terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Sopros de uma nova vida

Sopra, sopra vida
Sopra como uma brisa de vento que chega a minha face
Minha face branca, frágil, finita.
Minha face desconstruída pelas areias do tempo.
Reconstruída por novos sopros e ventos
Um paradoxo vem a minha mente:
Dois sopros que se cruzam.
O sopro do passado que me empurra para trás
Me mostra como era minha face em tempos passados.
O sopro do futuro que me joga para a vida e suas possibilidades.
Cada vento, cada sopro bate em minha fronte e qualquer momento
Fico a deriva, com o rosto pálido e fraco.
Assim é a vida
Cada passo parece nos empurrar para trás ou para frente.
Perdemos para ganhar no final e ganhamos para perder o que tivemos, o que fomos e o que seremos.
Vento! Sopre em minha face todo o tempo que ainda não foi, poderia ter sido ou ainda se realiza.
Vento! Leve de mim toda e qualquer dor e ferida.
Vento! Traga esperança para minha alma e alívio para o sofrimento que me acompanha.
Vento! Me acompanhe nessa imensidão de problemas e conflitos que representam minha vida.
Como faço para escolher qual sopro ou corrente ar devo acompanhar?
Perguntas, tantas perguntas que me acompanham
Que sopram em meus ouvidos.
Espero que eu esteja caminhando rumo a sopros de mudança e renovação.
Sopra, sopra vida
Sopra como uma brisa de vento que chega a minha face
Minha face branca, frágil, finita.
Minha face desconstruída pelas areias do tempo.
Assim é minha vida
Assim é meu destino.
Ser empurrado para trás ou jogado para frente.
Minha face velha dá lugar um novo rosto
Desconstruído e reconstruído pelo tempo e seus sopros.

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