domingo, 13 de junho de 2010

preconceito e estigma

Aquilo que um grupo estabelece como atributos faz com que sejam reconhecidos membros que são classificados conforme esses mesmos atributos. Com essa mesma categorização, as pessoas podem ser ou não pertecentes a determinados agrupamentos dentro da atribuição de características. Aqueles com algum traço distinto de uma categoria são estigmatizados. Esse sujeitos estigmatizados buscam relacionar-se com pessoas que apresentam os mesmos atributos e são excluídos de agrupamentos com outros atributos. O que isso significa? Significa que os estigmatizados são reconhecidos por outros sujeitos através de seus traços distintivos. O que resta para os sujeitos estigmatizados? ou buscar outros sujeitos com o mesmo estigma ou se isolar das demais pessoas de outra categoria, consideram que o seu traço distintivo não lhes causa problemas ou utilizar uma série de atributos para se afirmar, obter algum incentivo e conquistar direitos. Na prática, observo práticas excludentes e estigmatizantes por parte das pessoas e tenho que conviver com as pessoas que simpatizam com minha deficiência ou que apresentam minha características ou traços distintivos. Convivo com diversas pessoas que possuem traços distintivos. Outro dia estava em um ambiente em que a minha cadeira de rodas foi facilmente notada e que fui considerado como sendo um sujeito pertecente a outra categoria, o do "cadeirante e corredor da cadeira elétrica".

Um comentário:

  1. Otávio, meu amigo, todos nós, que fazemos parte de uma sociedade hipócrita, a qual impõe-nos um padrão de beleza e características físicas que devem ser seguidas à risca, todos nós, independentemente da condição social, religiosa, física, sexual, cultural...todos nós passamos por um processo de estigma. Mas não é por isso que devemos ser como "eles" pregam, afinal, como diria o Humebrto Gessinger: "Quem são eles, quem eles pensam que são?" A diversidade é divina, observe a natureza...mesmo os seres da mesma espécie possuem características diferentes, e os mais raros, por sinal, são os mais admirados e valorizados por nós, seres humanos, que muitas vezes não percebemos o quanto cada pessoa é única e especial, independente de qualquer fator. É o que eu sempre digo na Universidade: "Se o trabalhador rural for desvalorizado, ignorado, desprezado, quem vai perder, somos nós-habitantes urbanos-pois dependemos da colheita deles para sobreviver"...então não faz sentido discriminar, não faz sentido ter preconceito, estigmatizar...o ideal seria se soubessemos admirar o caráter antes de notar a condição financeira, a estatura, a diversidade funcional, a orientação sexual...essas coisas são meros detalhes diante da índole das pessoas!Um abraço pra ti e desculpa a demora em passar por aqui...^^

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