terça-feira, 10 de janeiro de 2012

estar sozinho

O que é estar sozinho? Como é estar sozinho? Sentir-se sozinho? Como se pode ficar sozinho?
Temos tantas perguntas, mas nenhuma resposta. Sequer nenhuma resposta para a nossa condção de termos de lidar com nossa solidão. Se pararmos para refletir e nos questionarmos sobre o período de tempo em que entramos em contato com nós mesmos, ou seja, quanto tempo de nossas vidas paramos o que estamos fazendo e dispomos para entrar em contato com nossa interioridade. A maioria das pessoas nem se quer tem noção do quanto é fundamental nos deixar levar em alguns momentos por nossa solidão, nosso contato com nós mesmos, com o nosso EU interior. Social e culturalmente falando, há a idéia de que a vida sem relacionanentos íntimos carece de sentido e é causa de adoecimento, mas o que ocorre na verdade, é a busca incessante e cada vez mais desenfreada de relações afetivas, amorosas e sexuais que visam evitar o contato com nós mesmos e com a nossa solidão.
O trabalho já não mais é visto como fonte de reconhecimento, aceitação e satisfação. Pelo contrário, é um aspecto da vida que perdeu seu verdadeiro significado: dignificar o ser humano, dar sentido à vida de cada pessoa, mesmo que sem a presença de uma intimidade com outros sujeitos. Não que amor, sexo e afeto não sejam importante, mas que estes mesmos aspectos não encubram o espaço da solidão que cada um de nós dispõe em sua rotina diária. Precisamos reconhecer que a vida é um todo e que há espaço para realizarmos cada tarefa de nossa existência, inclusive estarmos sozinhos com nosso próprio EU. Muitas correntes do pensamento moderno consideram de forma demasiada a importância dos relacionamentos e do vínculos mais íntimos para a felicidade e satisfação dos desejos, além da realização pessoal.

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